Dia 167 - 1°/12/22 - Quinta-feira - Vila Velha à Macaé

A Chuva continuava, mas também dispersou a aglomeração da manifestação. A praça da prainha estava agora quieta e com espaço, diferente da noite que chegamos. Queríamos seguir e quem sabe chegar a Arraial do Cabo, porém mais de 400 km, chuva, e barreiras e bloqueios na estrada seriam nossa companhia neste dia de viagem. Seguimos por uma boa avenida que nos tirava de Vila Velha, até Araquari, quando então acessamos a BR 101. Esta alternava pistas duplas, com pistas simples, bons e maus trechos. A maioria em bom estado, conservado pelas concessionárias de rodovias. Paramos para abastecer e almoçar na curiosa cidade de Rio Novo do Sul, ainda Espirito Santo. Curiosa por possuir uma vista intrigante de uma vila pendurada em uma montanha e logo abaixo um cemitério, e na base uma igreja com imagens. Muito curiosa. Denominada a Capital Estadual do Araça, uma fruta parecida com o açaí de uma palmeira. Caminhei até a igreja enquanto Adelaide preparava o almoço. Seguimos viagem e entramos no 17° Estado da Jornada Humus, Rio de Janeiro. Ali a paisagem, se transformou novamente. Das montanhas pontiagudas e sem vegetação e maciços de pedra para pequenas coxilhas gramadas de pasto. A viagem seguia bem, apesar do tempo, de meias pistas invadidas pela água ou por barro, também acidentes, até o trevo que dá acesso a cidade de Macaé. Ali a BR 101 estava interrompida, sem perspectiva de liberação. Alternativa seria voltar ou seguir a Macaé. Resolvi entrar em Macaé e buscar um ponto de Apoio. Macaé a capital nacional do Petróleo, cidade feia, como de resto são as cidades do RJ, como Campo de Goytacazes, que achei horrível. São também curiosas, pois inexplicável como um estado rico e abençoado consegue ser tão relaxado em suas cidades. Lá em Macá quase lancei o MH em voo por um saliência na pista sem sinalização. Em meio ao engarrafamento da cidade e talvez por ter escolhido uma via não adequada, demoramos a chegar no ponto de apoio (eram dois) que escolhemos. Resolvemos ficar no Beco das Artes, que estava ao lado de um lago (lagoa Imboassica). A Adelaide ainda comentou que seria perigoso ao lado de um lago. E se ele transbordasse. Tirei sarro dela, também irritado com tudo até ali. Qual não foi a minha surpresa ao chegar neste local e constatar que o parque ao lado do Beco das Artes estava inundado. O estacionamento do Beco ainda liberado. Nos metendo em espaços milimétricos limitados pelas árvores e veículos, um deles do Rodolfo dono da choperia do Beco, que gentilmente retirou e permitiu nossa passagem, conseguimos um bom local. Conversei com o Rodolfo que me informou sobre o local ter vigilância e ser tranquilo. Estávamos no RJ, estado com alta criminalidade. Mais tarde após nosso jantar de cachorro quente, fomos a choperia tomar um chope. Queria agradecer ao Rodolfo, mas não mais o encontrei.

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