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Mostrando postagens de novembro, 2022

Dia 167 - 1°/12/22 - Quinta-feira - Vila Velha à Macaé

A Chuva continuava, mas também dispersou a aglomeração da manifestação. A praça da prainha estava agora quieta e com espaço, diferente da noite que chegamos. Queríamos seguir e quem sabe chegar a Arraial do Cabo, porém mais de 400 km, chuva, e barreiras e bloqueios na estrada seriam nossa companhia neste dia de viagem. Seguimos por uma boa avenida que nos tirava de Vila Velha, até Araquari, quando então acessamos a BR 101. Esta alternava pistas duplas, com pistas simples, bons e maus trechos. A maioria em bom estado, conservado pelas concessionárias de rodovias. Paramos para abastecer e almoçar na curiosa cidade de Rio Novo do Sul, ainda Espirito Santo. Curiosa por possuir uma vista intrigante de uma vila pendurada em uma montanha e logo abaixo um cemitério, e na base uma igreja com imagens. Muito curiosa. Denominada a Capital Estadual do Araça, uma fruta parecida com o açaí de uma palmeira. Caminhei até a igreja enquanto Adelaide preparava o almoço. Seguimos viagem e entramos no 17° E

Dia 166 - 30/11/22 - Quarta-feira - Linhares à Vila Velha

Ótima noite de sono, com a chuva já mais tranquila. Amanheceu sem chuva e com sol, e abafado, prometendo para o dia mais água. Em frente a Havan, na BR 101, parada. Mais um trevo estava comprometido com barro dos barrancos do entorno. Não tínhamos como seguir. Aguardamos com dúvida se partiríamos ou ficaríamos ali. Lá pelas 11:00, o trânsito fluiu e resolvemos partir. O trânsito ainda estava truncado, mas logo alcançamos o desvio que nos levaria a Colatina. Ali enfrentamos, senão a pior, uma das piores estradas de toda a viagem, que somados aos elementos, como tempo, e movimento, a deixaram extremamente hostil. Almoçamos no restaurante do posto em Colatina. A partir de Colatina, o segundo pé do desvio, ou melhor, já no sentido para a 101, a estrada melhorou, em qualidade e paisagem. Ali montanhas no estilo do pão de açucar se mostraram, uma mais imponente e linda que outra. Finalmente na 101 alcançamos a Buda Gigante, a maior estatua de Buda do Mundo. Precisamos fazer o retorno, mas va

Dia 165 - 29/11/22 - Terça-feira - Caravellas a Linhares

Nossa noite em frente ao prédio de nossos novos amigos Fernando, Bárbara e Juan foi tranquila. Despertamos cedo, aguardando a chegada deles. O Fernando chegou e já notei que estava focado e com muita pressa para trabalhar. Como somo altamente ligados na possibilidade de sermos inconvenientes, retiramos imediatamente nosso cabo de luz, e deslocamos o Yete, pois ele queria terminar o toldo que estava fazendo. Nossa expectativa, especialmente a minha era a de conhecer o veleiro. Ele logo tocou no assunto dizendo que Barbara nos levaria. Porém ela não estava segura, pois, uma vez que havia crianças, não se sentia segura. Ali logo vi, que já estávamos no limite e incomodando. Ela propôs que fôssemos as 11:00 quando Fernando parava. Sem chance, por dois motivos. Avançaria muito no tempo precioso que teríamos para viagem, e segundo, era evidente que ele não faria, pois o foco era a reforma. Seríamos ali um incomodo. Voltamos ao Motor, tomamos nosso café e preparamos a partida. Voltamos ao Fer

Dia 164 - 28/11/22 - Segunda-feira - Caravellas

O Sol finalmente deu o ar de sua graça, e a Adelaide amanheceu melhor da sua forte gripe. Desta forma podemos propor um passeio pela cidade, desta vez estando Adelaide e Artur juntos. Caminhamos até que resolvi entrar em um "concorrente do Nino", que possuia um catamarã a vela (embora não o usasse desta forma). Lá o Jhonas que se dizia Francês (mas na verdade era Brasileiro filho de Francês), me contou que adquiriu um veleiro na Europa e atravessou o Atlântico, o trazendo até Caravelas. Estava ancorado em frente ao seu negócio "Apecatu Expedições". O Veleiro em questão achei ser do Argentino. Porém o do Argentino era o outro (antigo e parecido com uma escuna). Neste mesmo instante a Adelaide e os meninos mais adiante no passeio são parados por um casal, que na verdade eram os Argentinos Fernando e Barbara. A partir deste encontro todo o dia mudou e tivemos uma vivência que logo cedo pela manhã não imaginávamos que teríamos. Os novos amigos Argentinos nos convidam pa

Dia 163 - 27/11/22 - Domingo - Caravelas

Dia de chuva. Logo cedo, eu e Artur Passeamos pela cidade, compramos pão e levei meu chimarrão. Me encantei com a cidade. Simpática, bem cuidada, com uma beira rio, que contam os locais, tem um por do sol maravilhoso. No lado oposto ao Rio, vemos quilômetros de Mangue. Chegados no Yete, transferimos por sugestão do Nino para o Pier. Um local top. Pela primeira vez estacionamos em um Pier. O dia foi fechado (mesmo assim baterias carregaram). A Adelaide, ainda muito mal da gripe, passou o dia prostrada e descansando. Eu ainda sai para caminhar, para ver se encontrava o Argentino e sua família, moradores de um veleiro atracado em frente a cidade. Recebi curiosos (e bem curiosos) sobre nossa vida no MH, e assim passou o dia. Amanhã jogo da seleção. Terça cedo partimos.  Sobre Caravelas, conforme Wikipedia: Caravelas foi fundada em  1581 , sendo o município criado em 1700. Em 11 de Maio de 1823 travou-se aqui um combate entre a  marinha   portuguesa  e as forças brasileiras, durante a guerr

Dia 162 - 26/11/22 - Sábado

O mau tempo passou a ser uma constante. Chuva e nuvens escuras no horizonte. Partimos do Posto Ventania depois de uma boa noite de sono, exceção a Adelaide que estava bem gripada. Ainda não estávamos convictos de nosso destino. A possibilidade, por sugestão do Silvan seria Caravelas, umas das últimas cidades litorâneas da Bahia, e porto para quem quiser visitar o arquipélago de Abrolhos. O caminho, pela BR 101 foi de montanhas incríveis, especialmente na altura de Monte Pascoal e antes de Itamaraju, onde se avistam um conjunto de montanhas de formas singulares e muito diferente, especialmente a chamada Monte Pescoço, e a Monte Alto, no conjunto chamado Serra Grande. Em Itamaraju, na entrada da cidade, no posto Ipiranga, onde pela primeira vez vimos uma pequena concentração de manifestantes pró-bolsonaristas ou questionadores dos resultados da eleição, almoçamos. Na manifestação poucas pessoas, mas uma enorme bandeira do Brasil. Terminando o almoço uma forte chuva desagua. Seguimos viag

Dia 161 - 25/11/22 - Sexta-feira - Camping Paraíso, Praia do Sargi

Com o céu nublado, e no horizonte do oceano, um céu escuro, que caindo em um oceano nervoso, compunha uma cena diferente e assustadora. Imaginei o que seria estar em alto mar em um veleiro, com a possibilidade de uma tempestade como essa. Uma pena não ter fotografado. Abastecemos de água, aproveitando os 200 lts que tínhamos direito, esvaziamos os detritos de água negra aproveitando também o local adequado de descarte e nos preparamos para seguir viagem. O tempo realmente não nos convidava a ficar. Conhecemos o Rodrigo estacionado ali no camping com um Marruá, feito por ele com a junção do caminhão, mais um camper e mais caixas de veículos que fazem trabalhos de manutenção em redes elétricas. Achei muito bem feito seu motor home. Ele conhece o Douglas, e já está a mais de ano em meio na estrada. Só ali no camping, a mais de três meses (notei isso, pelo mato alto embaixo de seu Marruá). Acertamos o valor da diária do camping, perguntando também sobre os pacotes para mais dias. O respons

Dia 160 - 24/11/22 - Quinta-feira - Costa do Dendê

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Despertei 5:30, decidimos nos deslocar a Praia do Sargi, onde por sugestão do Silvan, encontraríamos o camping Paraíso. Alcançamos a BR 101, no começo bem precária, para mais a diante ficar melhor, mas com movimento de caminhões. Tomamos nosso café no posto do local que não lembrei de registrar ou pedir o nome. Seguimos e passando a cidade de Tacanha, um cruzamento nos fazia entrar na rodovia BA 542, e nos levava de BR 101 a BA 001, na cidade de Valença. Ali iniciava uma rodovia, estreita, nem tão boa, com subidas descidas e muita natureza, verde, florestas e calor úmido. Estávamos na mata atlântica e seguindo para o que foi denominado de Costa do Dendê, este azeite feito da fruta de uma palmeira, muito usado na Bahia.  Encontramos  então a cidade de Valença, e uma nova Bahia e um outro Brasil se mostra, do ponto de vista do bioma, da cultura e das pessoas. Estávamos em uma média cidade ribeirinha, em meio a mangues, rios, florestas. Uma cidade de ruas estreitas, casas humildes, sem re

Dia 159 - 23/11/22 - Quarta-feira - Salvador e Amélia Rodrigues

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A noite mal dormida, em função dos resfriados dos pequenos, fez com que fechássemos as janelas, para evitar a circulação do ar. Para mim ficou péssimo, pelo calor e abafamento. Já com as janelas abertas, a brisa era refrescante, mas prejudicial aos meninos. O Davi já estava com febre e também, desde ontem com dor de garganta, espirando e com muito corrimento. Já o Artur começava a ter dor de garganta. Várias as vezes que tivemos que acordar, para atendê-los, e também para monitorar a circulação de ar. Também a noite uma forte chuva ocorreu. Neste momento propus ao Artur vir para a nossa cama e eu fui a deles (Davi já estava lá). Aí sim, isolado, não prejudicando eles, eu consegui com as janelas abertas do quartinho (alcova) deles, relaxar e dormir um pouco. Porém já 5:00 estava desperto. acordei, fiz o chimarrão e 6:00 Adelaide já despertou. Resolvemos seguir e tomar café no caminho. Paradas diversas, para esgotar agua servida, compara agua mineral, pão, para então cruzar a ponte que n

Dia 158 - 22/11/22 - Terça-feira - Aracaju

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Quase não dormi a noite, em função do chimarrão da tardinha, que injetou cafeína e líquido. Várias idas ao banheiro durante a noite, e algo sinistro, os vizinhos da frente, em plena madrugada, conversando na varanda. Praticamente passaram a madrugada toda conversando. Não incomodaram, mas achei muito singular. Também o Davi reclamou de dor de garganta, fazendo com que trouxéssemos para a nossa cama e déssemos um alívium. Resolvi levantar, já sem sono, as 5:00. Fiz meu chimarrão, e já pelas 6:00 conforme dito, Clerton e Nanci já estavam prontos para a partida rumo a Salvador onde buscariam uma sobrinha e voltariam somente na quarta. Ficaríamos no condomínio até umas 9:00 horas e nos deslocaríamos para o Ponto de Apoio no Atalaia. Ainda conseguimos assistir, pois ocorreu as 7:00 hrs, Argentina e Arábia Saudita, ganhando essa, de forma surpreendente de 2 x 1 da desolada Argentina. Despedidas definitivas, e aquele aperto no coração. Não sabemos quando novamente os veríamos. A ideia hoje er

Dia 157 - 21/11/22 - Segunda-feira - Aracaju

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Dia de necessariamente esperar. Nosso principal objetivo hoje seria o de esperar passar a segunda-feira para que o amanhã chegasse e desta forma a Adelaide pudesse finalmente fazer a consulta com a Mastologista Aline, indicada pela Nanci. Aproveitamos o dia para colocar o site em dia, ler e assistir os jogos da copa. O jogo foi entre Irã e Inglaterra, comenda última dando uma goleada de 6 x 2. Neste dia também jogou Holanda e Senegal, ganhando a equipe laranja de 2 x 0, porém que acabamos não assistindo e País de Gales e EUA, este último empatado em 1 x 1. Propus ao Artur fazer uma tabela da copa, para entender a lógica do campeonato, gravar os times participantes e após checarmos no mapa, onde se localizam. Até o meio dia ficamos no Motor home, com calor suportável, e pouco vento, porém a tarde isso não foi mais possível. Instalei a mesa na garagem dos nossos anfitriões, que vimos somente a tarde, pois certamente se recuperavam do dia anterior. Ainda no final do dia, Davi tomou um ban

Dia 156 - 20/11/22 - Domingo - Aracaju (início da Copa do Mundo do Qatar)

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Pela manhã, após colocar o eterno "atrasado" diário em dia, aproveitamos a piscina do condomínio que as crianças adoram. As 11:40 iniciava a abertura da Copa do Mundo em Qatar, que havíamos programado assistir. As aberturas de copas são sempre emocionantes, mas essa conclamava um olhar para as minorias, colocando logo no inicio Morgan Freemann e um deficiente físico (sem as pernas) para conversar . Me tocou muito essa passagem. Também a recepção por parte do novo mascote aos mascotes das copas anteriores. O meio dia se passou com a família do Clerton e Nanci, que abriu o almoço com caranguejos, que eu particularmente não curto. Adelaide experimentou e creio tenha gostado. Almocei o tradicional arroz, com carne e caldo de maxixe com camarão. Foi um meio-dia e tarde regada a muita cerveja original (antártica), assistindo Qatar e Equador, sendo que este último, anfitrião perdeu de 2x0. Os filhos e noras de Clerton estavam também, Tony e Bruno, porém este segundo não interagiu co

Dia 155 - 19/11/22 - Sábado - Penedo à Aracaju

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Antes de nos despedirmos definitivamente desta cidade que passamos a admirar e amar, realizamos a gravação de um pequeno vídeo a convite do canal Aprendiz Explorador, mencionando nossos palpites para a Copa, abordando quem achamos que pode vencer, quem pode ser a decepção e quem poder ser a revelação. Vídeo de 20 segundos, com o Yete e a Igreja das Correntes ao fundo. Fernando, nosso guia e agora amigo, que chegou para aguardar um grupo, nos ajuda na filmagem. Antes ainda da partida, entrei em contato com Rodolfo, para ver se já havia chegado na Vila Dão Pedu. Além de me despedir deste querido amigo que fizemos aqui, queria levar uma lembrança de Penedo e da Vila, que me conquistou. Comprei uma Xícara do artista Neto. Despedidas feitas, sempre difícil para mim, pois fechamentos de ciclos, seguimos, escolhendo o caminho de Igreja Nova e Propriá, aumentando em consideráveis quilômetros nosso percurso em relação a irmos pela balsa. O Asfalto estava ótimo, exceção aos quebra molas que rend

Dia 154 - 18/11/22 - Sexta-feira - Penedo

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Apesar do som de músicas do palco do festival, com o Yete fechado, o som, apesar de ainda alto não incomodou. Verdade também que o repertório foi da melhor qualidade e graças a Deus não contemplou essas desgraças de músicas que não sei nem o gênero, que são comuns por estas terras (Acho que funk brega, ou algo assim), aliás, a grande "praga" acústica são os "paredões" (paredes de caixa de som, que que abundam por aqui (uma praga que poderia ser combatida com bazucas (modalidade: tiro ao paredão)). Apesar destes aspectos, em especial o bom gosto musical escolhido pelo festival permitirem uma noite tranquila de sono, dormi muito mal, e apreensivo com a notícia que a Adelaide me deu um pouco antes de deitarmos. A nuvem cinza tomou conta da minha mente. Difícil não temer estas coisas. Mas já cedo começamos a mobilizar nossos contatos e amigos para encontrar alternativas de consultas médicas e exames. Logo ligamos para a Nanci, também falei com Rodolfo e também com Ferna

Dia 153 - 17/11/22 - Quinta-feira - Dunas do Marapé à Penedo

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Dia de despedida do mar Alagoano. Fomos nos banhar nesta última vez na linda e interessante praia de Dunas de Marapé, com a maré já alta, e o sol também. Mas não o poderíamos deixar de ir.. Um pouco de mar  por fim um canto do rio, onde a forte correnteza não atuava e rasinho. A água estava uma delícia e o meu sentimento era despedida, e queria muito poder continuar curtindo esse paraíso, mas mais uma vez o lance da impermanência nos movia. Brincamos, nos divertimos e celebrei interiormente a graça e o privilégio de tê-los, de poder estar ali com eles, ao lado deles, vivendo esta história. Esses momentos de fim de ciclo (embora não o seja, mas sim, há um ar de já despedida do projeto Humus, etapa 1), sempre me fazem viajar na introspecção, me deixam tocado e sensível. Mas ao mesmo tempo me fazem refletir sobre as benções na minha vida, os quanto preciso ser grato por estar ai com eles e eles escolherem a mim e a Adelaide com seus pais. Também a graça de encontrar uma companheira de vid

Dia 153 - 16/11/22 - Quarta-feira - União dos Palmares (Serra da Barriga) à Dunas do Marapé

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Logo cedo, eu e Adelaide, deixando os meninos dormirem no Yete, fomos ver a feira de produtores. Várias ruas das imediações da "praça" que estávamos ontem, agora repletas de bancas, verduras e os mais diversos produtos, de especiarias a quinquilharias. O Fato é que estas feiras livres, mercados públicos municipais são verdadeiros patrimônios culturais desta gente aqui do Nordeste. Caminhamos um pouco, compramos algumas frutas e retornamos, para em seguida tomar nosso café e quando 8:00 hrs, irmos atrás de informações sobre guia e transporte para a Serra da Barriga, local onde um dia existiu o famoso Quilombo de Palmares. Fui até o museu Maria Mariá, eminente historiadora da terra que foi responsável por diversas lutas e por colecionar um importante acervo de objetos, fotografias e documentos da região e também pela preservação e proteção da Serra da Barriga, local do Quilombo. Foi ela também a propositora da alteração do nome da cidade para União dos Palmares. Encontramos o g