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Jornada Humus, um compilado

Era o encontro de final de ano da Sicredi Caminho das Águas, Sicredi que já fazia parte da minha vida por mais de 27 anos. Nesta cooperativa completava neste momento, dezembro de 2021, 15 anos, que renderam muita experiência, uma coleção de histórias de superação e a fase mais definitiva e importante da minha carreira, que me levou neste período a condição de diretor executivo, cargo almejado por muitos e quase o topo da carreira de quem trabalha nesta instituição. Já liderará e organizará, junto com as minhas equipes, diversos seminários como este. Porém o de hoje era especial, pois seria o último como colaborador desta empresa da qual tinha uma relação de amor e ódio. Eu sabia que haveriam homenagens, e já desde o seu início, com a fala do presidente, entendi que o que queriam ter feito já havia passado. E este momento foi emocionante. Porém nada havia me preparado para as homenagens surpresas, onde um coquetel de incríveis ações foi feito, entre elas, a leitura de uma linda biografi

O Chapéu Aventureiro.

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Um episódio que resultou no extravio do chapéu do Davi, inspirou uma história infantil, que logo queremos publicar em livro.  Era uma vez um chapéu. Não era como todos chapéus. Era especial, tipo aqueles chapéus de aventureiros, de pano resistente, e com botões na sua lateral para levantar suas abas. Ele nasceu junto com seus irmãozinhos na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no interior de Pernambuco, em uma das inúmeras fábricas de roupas deste local. Ele e seus irmãozinhos foram feitos para lembrar a cidade de Fortaleza capital do Ceará, e, portanto, na sua parte frontal ganhou uma inscrição bordada com o nome de Fortaleza. Alguns dias após ser criado ou nascer, foi enviado para o centro de artesanato da cidade de Fortaleza, onde ficou exposto em uma pequena loja. Lá todos os dias ele via algum de seus irmãos ganharem alguma família ou dono. E ele torcia para ser comprado por uma boa família, que o cuidasse, o amasse e pudesse participar de todas as aventuras desta família, afin

Estatísticas da Jornada Humus

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  Distância percorrida: 12.649 km Média de 84 km /dia Estados: 17 Estados Dias: 174 Locais de Pernoite: 65 locais, sendo que 4 foram repetidos.  Média de permanência de 2,63 dias por local.  (1) Canela, (2) Torres, (3) Araquari, (4) Ponta Grossa, (5) Castro, (6) Itapetininga, (7) Engenheiro Coelho, (8) Bragança Paulista, (9) Tiradentes, (10) Nova Lima, (11) Brumadinho, (12) Florestal, (13) Lagoa da Prata, (14) Araxá, (15) Uberaba, (16) Rio Quente, (17) Brasília, (18) Alto Paraíso de Goiás, (19) Cavalcante, (20) Aurora do Tocantins, (21) Balneário Douradas (Aurora do Tocantins), (22) Rio Azuis, (23) Barreiras, (24) Corrente, (25) Colônia Gurguéia, (26) Cel José Dias, (27) Remanso, (28) Sobradinho, (29) Petrolina, (30) Santa Maria da Boa Vista, (31) Belém do São Francisco, (32) Paulo Afonso, (33) Piranhas, (34) Aracaju, (36) Penedo, (37) Dunas do Marapé (Jequiá da Praia), (38) Maceió, (39) Paripueira, (40) Japaratinga, (41) Tamandaré, (42) Recife, (43) João Pessoa, (44) Barra do Cunhaú,

Dia 174 - 08/12/22 -Monte Castelo (Residência Fucks) à Rolante

Acordei 4:30. as 5:00 já na estrada. Mesmo cedo, muito movimento, até o cruzamento de Curitibanos. Dali em diante começou a melhorar. Até as crianças acordarem, a viagem rendeu bastante, somente tomamos nosso café em Lages. Logo alcançamos a fronteira com o RS, e após o Rio Pelotas, no famoso e antigo monumento (hoje infelizmente muito mal cuidado) da cuia, chaleira e porteira, tiramos a tradicional foto que já foi feita com minha família quando éramos pequenos. No RS, a 116 não pedagiada se mostrou muito ruim. Alcançamos Vacaria, então Bom Jesus e dali até a Rota do Sol, uma paisagem, linda, mas uma estrada nojenta. Estreita, ondulada, com subidas e descidas irritantes, e caminhões de lenha bi-trem vazios nos cortando em cada ultrapassagem. Extenuante. Finalmente a Rota do Sol, São Francisco, a descida para Taquara outra linda e nojenta estrada (perigosíssima). Até então e finalmente Rolante, nossa rua já calçada e o sítio Wanderlust. vinhamos escutando nossa seleção de músicas "

Dia 173 - 07/12/22 -Curitiba à Monte Castelo (Residência Fucks)

Partimos perto de 9:00, tardíssimo para meus padrões e vontade. Mas estávamos na casa de um amigo, e tínhamos que respeitar seu tempo e o tempo dos meninos que haviam acordado para tomar café. A saída, bem como havia sido a entrada no seu sítio foi bem delicada, por conta do portão estreio. Com a sua ajuda de manobra e engate da reduzida, conseguimos êxito por milímetros na saída. Mas a sua orientação foi fundamental. A grande Curitiba em alguns trechos estava com engarrafamento. E o forte movimento nos acompanhou até a cidade de Monte Castelo, onde a partir das 15:00 ficamos trancados em um gigantesco engarrafamento. Por conta do desvio da BR 101, todos os caminhões passavam pela pista simples da BR 116. Uma fila enorme de caminhões que se vista de cima, lembraria os gigantescos trens e seus vagões. Muitos destes caminhões são os bi-trens. O Trajeto do dia estava cansativo e esgotante e foi completado por este engarrafamento. Das 15:00 as 18:00, até conseguirmos alcançar o posto Resid

Dia 172 - 06/12/22 - Itatiba à Curitiba (Yguaçu - Paraná)

Saímos cedo da casa dos queridos amigos Ricardo e Silvia. Logo na saída uma "barbeiragem" minha, que tenho feito com frequência: Dar inicio a marcha do carro, sem desengatar o freio de mão (no caso da F4000, de pé). Um cheiro forte de lona queimada, deve ter assustado o Ricardo. Novamente na descida do Bairro, a necessidade de acionamento do 4 x 4, acompanhado de muita chuva. Realmente péssima as ruas do bairro de nossos amigos. Uma pena, pois o local é uma comunidade muito bacana de gente que se conhece e se respeita. O Ricardo e a Silvia são uns dos primeiros moradores deste hoje grande e povoado Bairro. Uma cidade dentro da cidade. E embora eles digam morarem em Itatiba, na verdade o bairro está em Bragança, na divisa com Itatiba, e mais perto desta. Logo alcançamos Itatiba, para depois Cruzar Jundiaí, e alcançar a Rodovia Bandeirantes, onde havia um pequeno engarrafamento. Neste local, as crianças já acordadas, resolvemos tomar nosso café em um posto Grall, logo que pegam

Dia 171 - 05/12/22 - Aparecida à Itatiba

Nos despedimos deste local de energia e paz. Lugar que me faz bem, que gosto muito e que quero sempre voltar. Se religiões são criações humanas, e para mim de alguma forma todas tem algo a contribuir na busca da plenitude humana, esta face mãe que cuida, acolhe e protege da iconografia de nossa senhora, me agrada muito. Sou um grande admirador de Nossa Senhora de Fátima, principalmente pelo que a sua imagem transmite. O Branco em tudo e nas suas vestes me remete a paz, porém também é mais sóbrio, há mais de magia lá. Já Nossa Senhora de Aparecida, apreendi a gostar. Não era muito fã desta imagem, mas aos poucos, talvez o senso de ser ela nossa Aparecida, vários aspectos de seu santuário que salientam nossa Brasilidade e nosso retalho de culturas, me fez crescer em admiração por ela. Diferente de Fátima, Nossa Senhora é colorida e cheia de Adereços. Todas representam a mãe de Deus. Também o Santuário e agora com seus mosaicos ainda mais, me traz paz. É um lugar que curto muito estar. Co

Dia 170 - 04/12/22 - Domingo - Arraial do Cabo à Aparecida

Pretendíamos sair cedo, e na verdade partimos 6:30. Artur não está mais ficando na cama e logo desperta, fazendo com que tenhamos que parar muito próximo da partida. Saindo no domingo cedo, o transito estava tranquilo. Passamos bem por Cabo Frio e demais cidades. Excelente estrada. Paramos em um posto para o café e lá um trailer da turiscar azul, gigante. Estava no Amendoeiras e ali com o proprietário soube que realmente havia um encontro lá de caravanistas e campistas do Rio. Esse monstro de trailer já viajou a patagônia e tmb Belém. Seguimos por ótimas e pedagiadas estradas até Niterói. No caminho, abastecimento e a constatação que o Rio não é somente um estado de paradoxos, onde amamos, odiamos ou os dois, mas também de gente muito mal educada no trânsito. Se as cidades são decadentes e decepcionam, seus motoristas(e não generalizo aqui) são péssimos. Eles são briguentos, agressivos e irresponsáveis. Vi isso na estrada. E o Paradoxo também está no fato de ser ao mesmo tempo, do pont

Dia 169 - 03/12/22 - Sábado - Arraial do Cabo

O dia novamente nublado e frio. Chamamos um Uber para conhecer a cidade de Arraial do Cabo. Muito vento soprava a areia, que enchia as calçadas e ruas da areia branca do local. Na orla, no final da península de Arraial, muitas embarcações, davam um interessante colorido a esta praia. A cidade, cercada de morros, está também povoada de casas penduradas nestas montanhas. Construídas praticamente em aclives quase que horizontais, emprestando um aspecto de favela a cidade. Muitas lojinhas para turistas, uma cidade, como de resto o RJ, mal cuidada e decadente. Aliás, foi o que achei também de Búzios. Aproveitamos e fomos procurar um Super mercado para compras de pão e itens para o jantar e café. Isto Possibilitou conhecer e ver um pouco melhor a cidade. No Supermercado, perguntei ao Artur se havia encontrado o Doce de Leite Viçosa, que ele ama. Ele impaciente, já lembrando o futuro adolescente que está por vir, responde: - Pai, aqui não tem Viçosa (acentuando com desaprovação minha pergunta

Dia 168 - 02/12/22 - Sexta-Feira - Arraial do Cabo

Despertamos com a movimentação, ruídos e vozes. Ao averiguar, 5:00 hrs da manhã, vi que uma feira livre se armava na rua com árvores e obstáculos da noite anterior. Bancas de frutas, lanches e especiarias estava sendo montada. Também a inundação havia recuado, dando espaço para sairmos pelo outro e melhor lado do estacionamento. Compramos algumas verduras e partimos de Macaé, com não bons prognósticos quanto ao tempo. Paramos em Rio das Ostras para comprar água e morango. E mais adiante na praia das tartarugas em Rio das Ostras, tomamos nosso café, com pão novinho comprado em uma padaria das imediações. Praia antiga, com prédios velhos e decadentes, que pelo tempo fechado, ficavam ainda mais feios aos nossos olhos. Seguimos quando ao atravessar um ponte, ao lado dela outra ponte quebrada. Uma imagem impressionante, parecendo sair de um filme de guerra. Era a ponte Quebrada de Casemiro de Abreu sobre o Rio São João. Uma ponte inicialmente criada para passagem de trem, mas posteriormente

Dia 167 - 1°/12/22 - Quinta-feira - Vila Velha à Macaé

A Chuva continuava, mas também dispersou a aglomeração da manifestação. A praça da prainha estava agora quieta e com espaço, diferente da noite que chegamos. Queríamos seguir e quem sabe chegar a Arraial do Cabo, porém mais de 400 km, chuva, e barreiras e bloqueios na estrada seriam nossa companhia neste dia de viagem. Seguimos por uma boa avenida que nos tirava de Vila Velha, até Araquari, quando então acessamos a BR 101. Esta alternava pistas duplas, com pistas simples, bons e maus trechos. A maioria em bom estado, conservado pelas concessionárias de rodovias. Paramos para abastecer e almoçar na curiosa cidade de Rio Novo do Sul, ainda Espirito Santo. Curiosa por possuir uma vista intrigante de uma vila pendurada em uma montanha e logo abaixo um cemitério, e na base uma igreja com imagens. Muito curiosa. Denominada a Capital Estadual do Araça, uma fruta parecida com o açaí de uma palmeira. Caminhei até a igreja enquanto Adelaide preparava o almoço. Seguimos viagem e entramos no 17° E

Dia 166 - 30/11/22 - Quarta-feira - Linhares à Vila Velha

Ótima noite de sono, com a chuva já mais tranquila. Amanheceu sem chuva e com sol, e abafado, prometendo para o dia mais água. Em frente a Havan, na BR 101, parada. Mais um trevo estava comprometido com barro dos barrancos do entorno. Não tínhamos como seguir. Aguardamos com dúvida se partiríamos ou ficaríamos ali. Lá pelas 11:00, o trânsito fluiu e resolvemos partir. O trânsito ainda estava truncado, mas logo alcançamos o desvio que nos levaria a Colatina. Ali enfrentamos, senão a pior, uma das piores estradas de toda a viagem, que somados aos elementos, como tempo, e movimento, a deixaram extremamente hostil. Almoçamos no restaurante do posto em Colatina. A partir de Colatina, o segundo pé do desvio, ou melhor, já no sentido para a 101, a estrada melhorou, em qualidade e paisagem. Ali montanhas no estilo do pão de açucar se mostraram, uma mais imponente e linda que outra. Finalmente na 101 alcançamos a Buda Gigante, a maior estatua de Buda do Mundo. Precisamos fazer o retorno, mas va

Dia 165 - 29/11/22 - Terça-feira - Caravellas a Linhares

Nossa noite em frente ao prédio de nossos novos amigos Fernando, Bárbara e Juan foi tranquila. Despertamos cedo, aguardando a chegada deles. O Fernando chegou e já notei que estava focado e com muita pressa para trabalhar. Como somo altamente ligados na possibilidade de sermos inconvenientes, retiramos imediatamente nosso cabo de luz, e deslocamos o Yete, pois ele queria terminar o toldo que estava fazendo. Nossa expectativa, especialmente a minha era a de conhecer o veleiro. Ele logo tocou no assunto dizendo que Barbara nos levaria. Porém ela não estava segura, pois, uma vez que havia crianças, não se sentia segura. Ali logo vi, que já estávamos no limite e incomodando. Ela propôs que fôssemos as 11:00 quando Fernando parava. Sem chance, por dois motivos. Avançaria muito no tempo precioso que teríamos para viagem, e segundo, era evidente que ele não faria, pois o foco era a reforma. Seríamos ali um incomodo. Voltamos ao Motor, tomamos nosso café e preparamos a partida. Voltamos ao Fer

Dia 164 - 28/11/22 - Segunda-feira - Caravellas

O Sol finalmente deu o ar de sua graça, e a Adelaide amanheceu melhor da sua forte gripe. Desta forma podemos propor um passeio pela cidade, desta vez estando Adelaide e Artur juntos. Caminhamos até que resolvi entrar em um "concorrente do Nino", que possuia um catamarã a vela (embora não o usasse desta forma). Lá o Jhonas que se dizia Francês (mas na verdade era Brasileiro filho de Francês), me contou que adquiriu um veleiro na Europa e atravessou o Atlântico, o trazendo até Caravelas. Estava ancorado em frente ao seu negócio "Apecatu Expedições". O Veleiro em questão achei ser do Argentino. Porém o do Argentino era o outro (antigo e parecido com uma escuna). Neste mesmo instante a Adelaide e os meninos mais adiante no passeio são parados por um casal, que na verdade eram os Argentinos Fernando e Barbara. A partir deste encontro todo o dia mudou e tivemos uma vivência que logo cedo pela manhã não imaginávamos que teríamos. Os novos amigos Argentinos nos convidam pa