Dia 170 - 04/12/22 - Domingo - Arraial do Cabo à Aparecida

Pretendíamos sair cedo, e na verdade partimos 6:30. Artur não está mais ficando na cama e logo desperta, fazendo com que tenhamos que parar muito próximo da partida. Saindo no domingo cedo, o transito estava tranquilo. Passamos bem por Cabo Frio e demais cidades. Excelente estrada. Paramos em um posto para o café e lá um trailer da turiscar azul, gigante. Estava no Amendoeiras e ali com o proprietário soube que realmente havia um encontro lá de caravanistas e campistas do Rio. Esse monstro de trailer já viajou a patagônia e tmb Belém. Seguimos por ótimas e pedagiadas estradas até Niterói. No caminho, abastecimento e a constatação que o Rio não é somente um estado de paradoxos, onde amamos, odiamos ou os dois, mas também de gente muito mal educada no trânsito. Se as cidades são decadentes e decepcionam, seus motoristas(e não generalizo aqui) são péssimos. Eles são briguentos, agressivos e irresponsáveis. Vi isso na estrada. E o Paradoxo também está no fato de ser ao mesmo tempo, do ponto de vista da natureza um dos locais mais incríveis do Planeta. O problema foi o carioca ter herdado. Alcançamos a incrível ponte Rio - Niterói, que lá estava na sua grandiosidade. A passagem foi tranquila. Frio na barriga pela altura e baixo parapeito. Ao chegarmos do outro lado, ou ao final da ponte, teríamos que optar pela linha vermelha ou av. Brasil. A primeira era proibida para caminhões, então seguiríamos a Av. Brasil que nos levaria a BR 116. Porém, nos atrapalhamos com o GPS e sinalização e acabamos errando o caminho. Foi tenso, estressante e eu fiquei bem irritado com tudo isso. Tivemos que andar quilômetros ingressando no túnel Rebouças até a lagoa Rodrigo de Freitas para então novamente voltar. Eu resmungava, reclamava, xingava, e a Adelaide, que na ocasião atuava como navegadora também tensa. Um episódio de atrito foi ao entrarmos embaixo de um viaduto, uma placa alertar sobre a altura de somente 2:30 m. Mas se referia ao retorno. A Adelaide que não apreendeu ainda a ficar na dela enquanto estou dirigindo (certamente não confia no meu discernimento), gritou para eu parar. Eu por sua vez gritei dizendo que ela estava louca pois era visível que ele passaria. Ela me atrapalhou e me desconcertou com isso. E realmente ela estava equivocada, acreditando não no que via, mas na placa. O pior é que não admite, e cria narrativas que justifiquem sua atitude. Tenho dito a ela, que precisa procurar ajuda, pois esta cada vez com amis certezas e pouca predisposição de se auto conhecer. Mas...Eu também sou muito problemático, mas creio que ao menos ainda consigo subir um degrau no reconhecimento das minhas dificuldades. Mudar, ai é outro degraus mais difícil de subir. Mas diariamente sofro, me arrependo e me esforço para ser diferente. Mas gatilhos me fazem explodir e ser uma criatura intratável e terrível. O segredo é o silenciar, mas não estou conseguindo. Vamos ver se hoje consigo (escrevo este diário no dia 07), uma vez que faço esta reflexão. Enfim, de bom neste se perder foi ver a face de paredão do corcovado com o cristo em cima, bem de perto. Finalmente alcançamos (quase errando novamente), a 116, e então a estrada ficou ótima. Almoçamos em ..... Ap´´os longa subida, muitas montanhas e uma paisagem bacana. No Km 165 da Rodovia Presidente Dutra (ou BR 116), olho para o mapa e observo um pin marcando o local do acidente de JK. Paro e lá constato duas cruzes mal cuidadas sinalizando o local. Foi interessante. Então finalmente em Aparecida, cujo pernoite custa R$ 80,00, fomos caminhar para então as 18:00 participar da missa, e agradecer pela jornada Humus, pela saúde, pelos amigos e por tanta coisa boa em nossas vidas. Foi linda a missa. Avisei a alguns amigos que lá estava e após também divulguei no Instagram. Encerramos o dia com chuva e cachorro quente, assistindo "Vandinha" na Netflix. Amanhã seria dia de jogo na copa e propusemos ao amigo Ricardo de Itatiba, de visita-lo e assistir com ele o jogo. 

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