Dia 154 - 18/11/22 - Sexta-feira - Penedo

Apesar do som de músicas do palco do festival, com o Yete fechado, o som, apesar de ainda alto não incomodou. Verdade também que o repertório foi da melhor qualidade e graças a Deus não contemplou essas desgraças de músicas que não sei nem o gênero, que são comuns por estas terras (Acho que funk brega, ou algo assim), aliás, a grande "praga" acústica são os "paredões" (paredes de caixa de som, que que abundam por aqui (uma praga que poderia ser combatida com bazucas (modalidade: tiro ao paredão)). Apesar destes aspectos, em especial o bom gosto musical escolhido pelo festival permitirem uma noite tranquila de sono, dormi muito mal, e apreensivo com a notícia que a Adelaide me deu um pouco antes de deitarmos. A nuvem cinza tomou conta da minha mente. Difícil não temer estas coisas. Mas já cedo começamos a mobilizar nossos contatos e amigos para encontrar alternativas de consultas médicas e exames. Logo ligamos para a Nanci, também falei com Rodolfo e também com Fernando. Todos deram sugestões e caminhos e forma muito solícitos, como sempre. Ficou decidido que iríamos a Aracaju no dia seguinte tentar o plantão da Unimed. Paralelo a isso marcamos uma consulta para Sexta-feira na Mastologista da Nanci. Pela manhã fomos na mostra infantil de cinema, no anfiteatro gigante junto ao Grande Hotel Penedo (O elefante feio em meio a Penedo antiga). Lá um filme me tocou profundamente: "Sobre amizades e bicicletas", da autora Julia Vidal, que aborda a relação entre um menino deficiente físico com dificuldades motoras (paralisia cerebral) e uma menina quase cega. Ele queria pedalar e não podia, ela idem. Assim se uniram, sendo ela as pernas dele e ele os olhos dela. 

Diz assim a sinopse:

"Thiago, um menino tímido e recluso, nunca pensou que poderia participar da competição de bicicletas, devido a sua condição física. Até o dia em que conheceu Cecília, uma garota ansiosa com uma deficiência visual que não conhece limites. Juntos, eles passarão por muitas aventuras enquanto aprendem a andar de bicicleta e o significado da amizade".

Chorei e me emocionei com o lindo filme de 12 minutos. 

Terminada a sessão voltamos ao Motor Home. Logo que chegamos o Rodolfo veio nos ver e me convidou a ir no seu cabelereiro. Estava desde de Brasília sem dar uma aparada no cabelo, e com intenção de deixá-lo crescer. Valeu a pena, pois o mesmo se ajeitou. Ao voltar ao Yete, a necessidade de troca do gás que havíamos comprado em Aracaju, ou seja, viajamos vários dias pelo nordeste e praticamente onde o compramos (compramos em Aracaju). O Gás nos pareceu mais forte (fogo e cheiro). O restante da tarde foi no Motor Home, com a nuvem cinza em nossas cabeças (Minha e da Adelaide). Muito calor e pouco vento, mas nada absurdo em termos de desconforto, Finalmente a noite chegou e as apresentações na praça do festival começaram. Assiste ao grupo "Mané do Rosário", do povoado de Cochin, sendo a dança chamada de Traíra. Uma manifestação muito singular, quase que endêmica, do local, onde mulheres, com véus no rosto e saias coloridas dançam de forma aleatória e meninos de manifestações culturais em nosso país. Após o jantar (mini pizza), fomos tomar nossa última cerveja na "vila Dão Pêdu", e conhecer a Manu, "namorida" do Rodolfo, que expunha suas camisetas, pois ela é estilista e produtora de moda. Finalizamos nosso dia em Penedo, com a decisão de partirmos no dia seguinte, cedo, a Aracaju, onde faríamos a tentativa de um pronto atendimento na Unimed. 

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