Dia 153 - 17/11/22 - Quinta-feira - Dunas do Marapé à Penedo

Dia de despedida do mar Alagoano. Fomos nos banhar nesta última vez na linda e interessante praia de Dunas de Marapé, com a maré já alta, e o sol também. Mas não o poderíamos deixar de ir.. Um pouco de mar  por fim um canto do rio, onde a forte correnteza não atuava e rasinho. A água estava uma delícia e o meu sentimento era despedida, e queria muito poder continuar curtindo esse paraíso, mas mais uma vez o lance da impermanência nos movia. Brincamos, nos divertimos e celebrei interiormente a graça e o privilégio de tê-los, de poder estar ali com eles, ao lado deles, vivendo esta história. Esses momentos de fim de ciclo (embora não o seja, mas sim, há um ar de já despedida do projeto Humus, etapa 1), sempre me fazem viajar na introspecção, me deixam tocado e sensível. Mas ao mesmo tempo me fazem refletir sobre as benções na minha vida, os quanto preciso ser grato por estar ai com eles e eles escolherem a mim e a Adelaide com seus pais. Também a graça de encontrar uma companheira de vida tão resiliente e parceira. Enfim, retornamos ao Yete, preparamos nosso almoço, um delicioso estrogonofe, e ultimamos após abastecimento de água com nova gambiarra nosso Yete para a viagem. Escolhemos novo traçado em relação a subida para o Norte, à partir de Coruripe. Antes de acessá-lo lembramos o local do fatídico furo de pneu e um pouco depois (na subida antes), o local de nosso almoço (aqueles locais já geravam memória). O caminho escolhido, ingressava nas imensas plantações de Cana, e engraçado em em determinados locais, curvas desnecessárias que lembram a "rua torta" de Gramado (você enxerga o topo e do início da subida ao topo, curvas desnecessárias). Chegamos a Penedo, entrando pelo centro histórico, e "nossa vaga" (local que estacionamos na subida), estava ocupada. Saímos para caminhar, comer um sorvete e comprar pão. Resolvemos comprar enfeites de natal, incluindo luzinhas de natal. Na caminhada encontramos o Zé Valdir, que me auxiliou na outra ocasião com o freio motor que foi tão essencial na Serra da Barriga. De volta o Yete, a vaga libera e deslocamos. Ele ficou perfeito em nivelamento, dispensando os calços. O Fernando, guia e amigo veio nos cumprimentar. As Lâmpadas de natal instaladas com enforca gatos ficaram ótimas. A noite passeamos no espaço armado para o Festival (estávamos ao lado), e jantamos na Vila Dão Pêdu, lugar concebido pelo amigo Rodolfo (amigo feito aqui), e que nos apaixonamos. Uma vila gastronômica inaugurada em um prédio antigo, que ficou muito acolhedor. 5 pontos de venda de alimentos compõe a vila. Após as crianças, ganharam colares indígenas. Adoraram. Também uma aula em um estande do projeto "Nero Brasil", que tem por objetivo salvar este enorme peixe, ameaçado de extinção. Ainda fiquei conversando com p professor Rafael que queria fazer uma entrevista para seu canal @viagensdelongaduração. A noite com as crianças já na cama, e cansadas, a notícia que me deixou extremamente preocupado. A Adelaide, me conta que constatou um nódulo no seu seio, que antes não estava lá. Eu que perdi minha mãe por conta de um câncer de mama não dormi. Mas decidimos buscar no dia seguinte com os amigos Nanci e Clerton ajuda e orientação de onde consultarmos e fazermos os exames. Uma nuvem cinza agora começou a pairar em minha mente. 

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