Dia 107 - 01/10/22 - Sábado - Passeio por Aracaju

 Novamente hoje nossos amigos nos levaram para conhecer a outra extremidade de Aracaju, a parte sul, onde está instalado a comunidade de Mosqueiro, já na cidade vizinha de São Cristóvão (uma discrepância Geopolítica), pois está ao lado de Aracaju e longe desta cidade. A propósito São Cristóvão é a primeira capital de Aracaju, e hoje o local vive um imbróglio jurídico, com as duas cidades disputando a posse do local. Hoje Aracaju atua na manutenção do bairro. Enfim, chegamos a casa do querido casal Clerton e Nanci, uma casa utilizada por eles para locação de pessoas que querem curtir ou descansar no final de semana. Um terreno de 900 m2, todo arborizado, e com motivos decorativos inspirados nas inúmeras viagens deste casal. Desde uma fonte de uma Quinta Portuguesa, a estatuas que lembram os panteões Gregos. O local também é provido de piscina e recantos, além de um quarto separado da casa. Conta o Clerton, que quando velho, quer ir morar neste local. Dali fomos a Orla Por do Sol, o ponto final de Aracaju, antes da ponte que separa Aracaju do litoral Sul. As margens do Rio Vaza Barris, o mesmo de Canudos, por aproximadamente 300 metros se instalou uma infraestrutura de decks e calçamento, ficando muito bonito. Pena que não é regra, mas exceção. O Rio de águas muito calmas, tem na outra margens uma reserva de manguezal. Deste local partem catamarãs para uma ilha de areia, atrás deste manguezal, onde as pessoas se instalam em cadeiras e a força da maré faz com que elas fiquem parcialmente na água e as pessoas curtem e bebem, comem e etc com as pernas na água. Neste local, passarela Deck de madeira, o Artur, brincando e fazendo acrobacias com a cadeira do Davi, incentivado por este, sem querer ocasionou a queda do Davi da cadeira. Eu poucos minutos antes havia alertado e pedido para não fazer estas brincadeiras. Mas estavam felizes e curtindo a brincadeira. Infelizmente ocorreu, mas felizmente foi uma queda leve e nada ocorreu. Porém o lamentável foi a minha ou a nossa reação dando um sermão, desnecessário. Fiquei muito mal com isso, e vi o quanto o Artur se chateou. Ficou bem constrangido e triste. Esta alma sensível e querida que tem ficou machucada. E eu também. Pedi desculpas a ele logo mais, porém não deixei de salientar os ensinamentos do ocorrido. Deste local, já retornando pela avenida dos Náufragos, a beira mar, que esta toda em obras de infraestrutura e instalação de calçadas, paramos em um marco importantíssimo da história brasileira. No Cemitério dos Náufragos, onde estão sepultados os restos mortais de algumas das vítimas do bombardeio alemão a navios brasileiros. São as primeiras vítimas vítimas da segunda guerra mundial em solo brasileiro. O naufrágio destes navios se deu exatamente em frente a este local. Três navios mercantes próximos à costa de Sergipe no dia 16 de agosto de 1942 forma torpedeados pelo submarino alemão U-507, causando a morte de 551 pessoas. As embarcações atingidas foram o Baependy (270 mortos), Araraquara (131) e Annibal Benevolo (150). No dia seguinte, 17 de agosto, outros dois navios foram atacados em Itagiba e Arará, na costa da Bahia, vitimando mais 56 pessoas. Corpos mutilados começaram a aparecer na hoje denominada praia de Atalaia, e os navios jaziam a vista da terra, afundados. Conta o Clerton que por muitos anos um dos navios podia ser visto. As vítimas, ou o que restou delas, que não puderam ser identificadas, forma sepultadas no local, que mais tarde foi chamado de cemitério dos náufragos. Infelizmente hoje o local se transformou em um cemitério comunitário, e o que sobrou do marco deste episódio, além do nome, um cruz com uma placa danificada, pontuando a tragédia. Terminamos o passeio, no horário do almoço, e a tarde foi regada a muita troca, risada e conversa, com uma boa "Original". A noitinha de bicicleta (as crianças) fomos ao mercado da vila ao lado do condomínio. Davi entrou com seu triciclo dentro do mercado, e isso deu enorme sensação de liberdade a ele. Encerramos as atividades do dia na piscina, já noite, e frio. Esta piscina na parte rasa para crianças tem sido ótima para o Davi, também possibilitando autonomia a ele. 









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