Dia 132 - 26/10/22 - Quarta-feira

Tivemos uma ótima e tranquila noite de sono, praticamente no centro da maior cidade do Nordeste Brasileiro, Recife, no Parque Dona Lindu, na praia de Boa Viagem. Depois de um dia intenso, composto por deslocamento e visita ao Instituto Ricardo Brenan, uma reparadora noite de sono se fazia necessário. Lá no ponto de apoio do Parque Dna Lindu (mãe do ex-presidente e hoje Candidato Luiz Ignácio Lula da Silva), encontramos o casal "La casa de Lata", e outros motor homes. O trajeto do Brenan até ali, embora fácil, se fez complicado pelos atrapalhos e confusões do GPS do goolge maps. Muitas voltas na movimentada Recife até encontrar o acesso ao parque. 
Resolvemos seguir viagem, agora rumos João Pessoa, distante uns 110 km, escolhendo por percurso passar por Olinda. Também na saída de Recife, mais uma vez o google maps nos sacaneou fazendo com que pegássemos a lateral errada da ponte que nos levaria a Olinda. Voltas e voltas, ignorando outras orientações que não nos serviam do google maps, até encontrarmos o rumo de Olinda. Lá estacionamos ao lado do pavilhão de artesanato, no ponto zero de Recife, em um estacionamento pago, na "ilha" do Bairro de Recife, ou a "Recife antiga". Pagamos R$10,00. Neste local, se quiséssemos poderíamos pernoitar, pois havia segurança (estávamos em frente a polícia). Conforme um flanelinha que veio conversar conosco, muitos caravanistas param ali. Sai para um primeiro reconhecimento no ponto zero. Casualmente naquele momento se preparava uma solenidade para a entrega de vários caminhões novos de lixo, equipamentos, ônibus, lixeiras, por parte da prefeitura sob o nome da campanha "Recife Limpa". no largo do ponto zero, se escrevendo com as novas lixeiras a frase "Recife Limpa". Caminhamos um pouco pela Recife antiga, que me surpreendeu. Linda, com casarios antigos, alguns preservados, outros não. Uma pena que não proibem carros de circular neste ambiente. Este local em um país europeu estaria restaurado e o acesso de veículos automotores proibido (somente moradores e comércio em locais e estacionamentos dedicados. Se Recife fizesse isso, seria um grande sucesso. De qualquer forma, este local merece mais tempo. Ainda voltaremos e exploraremos tanta história e cultura. Lá visitamos a Rua Bom Jesus, considerada uma das mais belas do mundo, vimos também de fora a primeira sinagoga do Brasil (visita R$ 30,00). Também vestígios das fundações de edificações do ano 1.600 perdidas e apagadas pelo tempo. Verdadeiros achados históricos. O Bairro respira história e cultura e prometi um dia voltar (Quem sabe já com a opção do Jimny em operação). De lá seguimos, passando por dentro de Olinda, e conhecendo mesmo que de passagem esta costa desta cidade famosa pelo seu carnaval de bonecos. Tabe conhecê-la melhor ficará para uma outra ocasião. na sequência da viagem, rumo a BR 101, diversas cidades da região metropolitana de Recife, e a estrada ruim, sendo que o asfalto principal, ou dedicado aos ônibus estava interditado e em obras. Muitos veículos, caminhões, motos e carros e ruas estreitas. Até que alguém começa a buzinar. Era um golzinho (Veículo Gol) preto, com um casal já mais idoso. Não entendia porque as buzinas. Será que havia cortado, neste lance de deslocar e cuidar do mapa, poderia ter aprontado alguma. Na verdade aprontamos. Encostamos de leve o Yete no espelho retrovisor do carro deles e quebramos. Não sentimos ou escutamos absolutamente nada. Paramos mais adiante em um posto, onde deixei ao simpático casal nosso telefone (ele nos recebeu com um sorriso). Disse a ele que nos contatasse e que pagaria a despesa do retrovisor. A verdade, sem querer me eximir de culpa, é que ele certamente posicionou o veículo dele muito perto do nosso em algum momento deste deslocamento. O Yete, por possuir a plataforma, em curvas projeta ela para fora, e eu tenho enorme cuidado com isso. Mais tarde recebemos o contato com o valor da despesa. Somente R$ 50,00 (esperava bem mais), e um áudio simpático, dizendo que são admiradores do caravanismo e que irão nos seguir. Na viagem optamos por um percurso completamente alternativo, em relação a BR 101. Passamos pelas praias da Paraíba, litoral sul. Percorremos desde a praia de Pontinhas, onde almoçamos, passando por Praia Azul, até Pitimbu, onde acessamos a PB008, indo até João Pessoa, e avistando volta e meia o mar de cima das falésias. Foram muitas subidas e descidas em uma pista muito irregular. E em alguns locais uma linda paisagem, como os pântanos que creio estavam entre Camucim e Praia Bela. Não são praias tão bonitas como as de Maceió, e as estradinhas apinhadas de quebra molas, e não tão bem conservadas. Foi um passeio, mas acabou sendo cansativo. Finalmente em João Pessoa, antes de estacionarmos na praça indicada pelo amigo Vicentin, conhecemos a Ponta do Seixas, que me surpreendeu por não ser nada do que esperava. Na verdade no local há uma série de bares simples a beira mar. Pelo marco do local, pensei que encontraríamos alguma praça ou referência. Não há nada fazendo referência a ser aquele local o mais oriental do Brasil. Lá registrei a árvore mais próxima da África, que conforme um local, é uma oliveira (não sei se é, pois não tem nada a ver com a oliveiras que conheço). Dali, rumamos para a praça Chateaubriand Arnaud, na Av. Umbuzeiro, um local frequentado pelas famílias dos prédios do entorno. A noite uma caminhada até a vila gastronômica feita de conteiners a duas quadras de onde estávamos. Lá um chopp para mim e Adelaide (já havíamos tomado café), um caldo de cana para o Artur e um sorvete "na chapa" para o Davi. Voltamos, banho e cama. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Chapéu Aventureiro.

Dia 165 - 29/11/22 - Terça-feira - Caravellas a Linhares

Dia 160 - 24/11/22 - Quinta-feira - Costa do Dendê